Uma das mulheres mais lindas do Brasil, Gisele Bündchen, participou de um comercial um tanto quanto polêmico, do qual  vem sendo abordado por uma série de críticos e filósofos.

Antes de devagar uma certa crítica e uma dialética em relação ao tema que abordarei, vejamos o comercial:





Além de todas as possíveis interpretações perante ao comercial, apresentarei apenas duas interpretações, ambas Marxistas, e  que tocam exatamente na questão que vem sendo destacada pela sociedade, o papel da mulher, a mulher como objeto, etc.

Depois de tanto tempo de lutas politicas feministas, eis que surge uma propaganda colocando o papel da mulher como mero objeto, como mero fator de satisfação e fonte de desejos. O que venho destacar, não é uma mera visão comum, filosófica e ética, sobre o papel da mulher, ou ressalvando a importância das lutas feministas. Destaco para uma a crítica marxista, diante de uma propaganda infame capitalista.

Um dos conceitos filosóficos abordados em Marx, principalmente em relação a ontologia social, vem a ser o conceito de "Coisificação". O conceito significa colocar perante ao sujeito-homem uma característica de um objeto, isso é, o homem como mero objeto perante ao sistema social do qual vivemos. Numa abordagem um pouco equivocada e bem à grosso modo, o ser seria mero objeto. Na propaganda de Gisele Bündchen, observa-se que o publicitário conseguiu "implantar" ao telespectador a ideia de coisificação da Gisele, isso é, mostrou a mulher não como um ser humano, mas como um objeto sexual. Ao mesmo tempo, a propaganda refere-se a um objeto do mercado, isso é, lingerie. Outro termo do jargão marxista filosófico é o "Fetichismo da mercadoria", em outras palavras, seria atribuir valores humanos aos objetos. A propaganda é um dos melhores exemplos de coisificação e fetichismo da mercadoria.

Observa-se então que a propaganda nos mostra, em primeiro momento, no mínimo duas abordagens. A primeira é a Gisele como mero objeto de desejo, e a segunda a própria mercadoria lingerie. A ilusão é passar ao telespectador, principalmente a mulher, o papel de mero objeto e que o objeto de mercado(lingerie) atribuirá características da Gisele("Pólo equivalente", isso é, a Gisele aparece como espelho, como entidade que as mulheres desejam ser, pelo fato da beleza e o do objeto mercadoria lingerie.)

A propaganda serve pra que? se pensarmos do ponto de vista econômico, observamos que a propaganda funciona como indução a compra da mercadoria, ao fetiche de usar uma mercadoria. A propaganda da Gisele não é só uma mera indução de mercadoria, é  uma coisificação da mulher,  uma tentativa de relacionar indiretamente a lingerie com o espelho mídia Gisele.


Existem meras interpretações da propaganda e os "porquês" do banimento. Sobretudo é uma questão ética que envolve princípios (idealistas ou não) do poder da mulher na sociedade. Além disso, ainda poderíamos devagar sobre uma questão filosófica "Sartriana" que envolveria uma serie de interpretações do ser, da consciência etc.

"O homem é habitado por uma falácia: o desejo de ser, que é desejo de fundamentar-se a partir do outro que não ele mesmo"

@ogataogara

Ogata Larsen.







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