tag:blogger.com,1999:blog-71926728012220430032024-03-13T20:23:51.664-03:00Café,música e filosofiaO'GARAhttp://www.blogger.com/profile/18079724226907175916noreply@blogger.comBlogger542125tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-74441798125866532392014-04-21T17:27:00.003-03:002014-04-21T17:27:43.677-03:00Eu queria ser um escritor<i>Eu aclamava por poesia, detestava o terno e os sapatos da sociedade. Jovem, destemido e com uma ingenuidade enorme, era um inocente no mundo. Tentava me adequar a arte, abraçava a solidão e beijava as palavras. Talento não reconhecido, talento não adequado. A cultura do vazio não permite imperfeições. Não consegui seduzir a sociedade do desejo, do prazer instantâneo. Envelhecendo aos poucos, bebendo os clichês da mídia, fui me tornando algo. Este não era a genialidade que buscava, não tinha um poder poético singular. Da literatura até a poesia, tudo me sentia e me perfurava. Não consegui criar ou inovar, me adaptei à necessidade, adquiri sinceridade, perdi aos poucos a honestidade dos devaneios, mas aqui estou, escrevendo...palavra por palavra, sentimento mais emoção, um pouco de razão aqui, um pouco de filosofia ali, e logo estaremos nos trinques. Eu queria ser um escritor reconhecido, mas não o sou, talvez um dia, muito fora dos padrões, muito heterodoxo. Eu queria ser um escritor, não o quero mais, pois já sou.
</i><br />
<br />
F.M.Ogata - Wolf LarsLobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-58286138672630844202014-03-31T13:58:00.002-03:002014-03-31T14:50:14.052-03:00A culpa é de quem?<div style="text-align: justify;">
Em que tempo exatamente vivemos? Que sociedade é essa que cerca de 65% (58 % em alguns sites) dos brasileiros acreditam no argumento: "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas"? a culpa é das roupas utilizadas? da estética modelar cotidiana? das altas temperaturas que provocam o uso das "bermudinhas"? então quer dizer que se eu saio com alguma roupa "indevida" na rua é porque convoco um estupro? </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Pra quem faz parte dos 65% que concordam em tal argumento, falta-lhes ética, educação, bom senso e atitude crítica. Quando referi-mo a bom senso não falo em senso comum, falo em um senso crítico, questionador e que por isso difere do senso comum. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Duas questões me perturbam à respeito da pesquisa do IPEA, a primeira tange a questão da votação, isso é, será que essa pesquisa foi questionada à homens e mulheres, ou apenas homens, pois caso a pesquisa tenha sido realizada para ambos, a situação é mais preocupante, pois existem mulheres crentes que roupas "indevidas" são causas necessárias de estupro. Se a pesquisa foi realizada somente entre homens, então somos nós, homens, que devemos nos manifestar. </div>
<div>
Outra questão é: Quando se fala em estupro a culpa é de quem? existe um culpado?</div>
<div>
Se pensarmos à finco, a culpa nada tem haver com a mulher. O conceito de estupro vai de encontro ao sexo forçado, sexo que não é consensual, e se é consensual não é estupro, na verdade seria fetiche. O homem, em grande maioria, tem uma força física superior ao da mulher, sendo o controlador da relação como o ativo. Basta a força bruta para quebrar o consensual. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Há muito o que refletir sobre as possíveis causas de estupro, isso é, porque ocorre o estupro?<br />
Uma primeira abordagem seria puramente psicológica, ou seja, a causa é estritamente do individuo que estupra, onde ele pode possuir um histórico pessoal problemático ou não possuir uma consciência ética, ou ainda não ter sido "educado" adequadamente. Se o estuprador não foi educado adequadamente, a causa não é estrita e sim social, onde provavelmente não teve uma boa educação ou não sabe questionar. Caso considerarmos a educação como ponto culminante da causa, então chegamos ao velho clichê "A solução do Brasil é a educação". O problema do clichê é que não basta um longo investimento financeiro na educação e um incentivo aos salários dos professores, é preciso além disso, uma reformulação na educação. Reformular a educação de uma maneira mais democrática, aberta e crítica, onde o indivíduo aprenderia a olhar a sociedade sob diversos pontos de vista, aprenderia ética, buscaria razões para qualquer tipo de opinião e formularia suas próprias questões. Reconstruindo a educação e criando uma razão crítica na sociedade, talvez reduziria os estupros. Digo talvez pois mesmo com uma educação reformulada ainda existe uma natureza humana.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Outra causa relevante é um fator histórico, sociológico e cultural. O Brasil ainda é um país preconceituoso que eventualmente, em diversas regiões do Brasil, o diferente é atacado. Séculos atrás a mulher não podia trabalhar sem ser criticada, não podia mostrar as pernas, algumas até hoje não podem mostrar o rosto. Ao que parece muitos continuam com a mentalidade de séculos atrás, numa cultura que não se encaixa mais, esquecem da igualdade de direitos, da liberdade de corpo e expressão. Diante dessa situação, devemos lutar para reaver esses direitos e trabalhar de forma justa. Justo é a equidade.<br />
Nesse sentido não basta só uma mudança na educação, mas sim uma mudança na cultura em geral, na política, reformas sociais, incentivos da mídia. A violência contra a mulher é um processo histórico que deve ser eliminado.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Alguns comemoraram a ditadura e a violência, outros defendem com rigor o comunismo, poucos questionam e só alguns pensam por si. Acomodados caminhamos, diante da turbulência de absurdos, alguns conseguem aclamar que a culpa do estupro é da roupa da mulher. Não entendem a beleza feminina, a sutileza e a delicadeza da mulher, não questionam as causas e nem pensam historicamente. Quem acha que o sexo frágil é o feminino e pensa que a culpa do estupro é feminina, esquece que quem não controla os desejos é o causante, o frágil, o que não distingue valores.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
F.M.Ogata </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Wolf Lars- @ogataogara</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-76985841049787841042014-03-11T13:24:00.003-03:002014-03-11T18:59:56.556-03:00Soneto do bardo morto."Lá distante, meio aterro de almas soterradas pelo sofrimento, John dizia a si mesmo se poderia continuar com aquela canção. Tinha apenas algumas memórias embaçadas de sua mulher, imagens dos guerreiros mortos em último combate, discursos dos generais de guerra, algumas algazarras de seus colegas e claro, sua rabeca e alguns versos. Se parasse com aquela canção era o fim, seria considerado um desertor e o rei iria enfocar sua cabeça, assim como quase todos os seus amigos.<br />
John, não sabia muito bem o que acontecera noite passada, mas os soldados do rei estavam agitados, pareciam ansiosos com algo que poderia acontecer. O soneto continuava, os dedos se misturavam em sua rabeca e enquanto isso, alguns nobres fitavam-o como se fosse um ser divino.<br />
John não era muito bonito, tinha cabelos escuros, nariz apontado, olhos grandes arregalados, dentes estourados de guerra e ainda havia uma cicatriz marcante em sua bochecha, além da barba mal feita e serrilhada. Algumas donzelas achavam-no atraente com sua rabeca.<br />
Quase que morrendo por dentro, John cantava e tocava sua rabeca, pra quem ouvia parecia uma mistura de melancolia e harmonia. No momento em que John chegava em uma espécie de refrão, um soldado se aproximou, tocou a cabeça de John com uma espada, de forma que John quase parou sua canção, e falou..."<br />
<br />
Trecho de "Crônicas e ensaios sobre a vida."<br />
<br />
Esse trecho é uma parte do que estou tentando escrever, não espero críticas boas, mas por favor opinem!<br />
<br />
F.M.Ogata Larsen<br />
<br />Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-52607905052958162672014-03-11T12:41:00.002-03:002014-03-11T12:41:34.448-03:00Blog chegou ao fim?O blog teve um percurso interessante. Desde a sua abertura passamos por inúmeras ausências, posts com muitas visualizações, com poucas, muitos chegaram a seguir o blog e mesmo assim, não atingimos o esperado. Tentamos por vezes aumentar os posts, mas o público parece preferir coisas que sejam de mais fácil acesso e pouca leitura... Então, decidimos...<br />
<br />
Que o blog volta! e volta com tudo... Além do blog, vamos elaborar um vlog, dois videos por mês sobre as publicações para os preguiçosos de plantão. Aguardem por novidades.Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-20705455216332134992013-10-07T17:06:00.001-03:002013-10-07T17:06:14.150-03:00Filmes perturbadores que você (não) deve verPerturbadores, problemáticos, bizarros, alguns nojentos e até mesmo interessantes. O cinema produz um conteúdo que vai dos filmes mais belos aos mais estranhos e que deixam o espectador perturbado. Apesar da muita controvérsia entre críticos, o cinema pode mostrar diversos sentidos, interpretações, abrir questionamentos de todo tipo, entre outras coisas. A questão é como ele faz isso! Hoje, trago alguns dos filmes que mais me deixaram "louco", sendo que alguns abriram até alguns questionamentos surpreendentes. (Esse post será divido em muitos, portanto, os filmes estão fora da ordem e cada semana terá cinco filmes mais um bônus.)<br />
<div>
<br /></div>
<div>
1- Begotten </div>
<div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.ajuaa.com/news/files.php?file=more_images/biza__71__844335730.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="http://www.ajuaa.com/news/files.php?file=more_images/biza__71__844335730.jpg" width="400" /></a></div>
Esse filme trabalha com a história bíblica do Gênesis, mas de maneira tão bizarra que fica problemático vê-lo como se fosse algo poético. O filme foi elaborado em 1991, escrito e dirigido por E.Elias Merhinge e se tratava na verdade de um filme experimental. O longa repercutiu por diversos críticos, chegando alguns a afirmarem que é um dos melhores filmes no estilo horror psicológico. No entanto, digo que o filme é um jogo de imagens bizarras, em preto e branco, que quando vi achei que era pura alucinação do diretor.<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/455ohZRdbY8" width="420"></iframe><br />
<br />
<br />
2- Eraserhead<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://goluco.files.wordpress.com/2010/12/eraserhead.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="http://goluco.files.wordpress.com/2010/12/eraserhead.jpg" width="400" /></a></div>
Digo e continuo dizendo que D.Lynch é um diretor enigmático em muitas coisas. Genial ao mostrar a dialética na "Cidade dos sonhos", idiossincrático no "Homem elefante", eloquente em muitos outros, mas totalmente enigmático em Eraserhead. Segundo Lynch, ninguém jamais entendeu o que significa nesse filme. Também, temos nesse filme: um bebê monstro, um cara pra lá de bizarro, imagens sem sentido algum, danças entre quadros, um frango-assado que se move, etc.
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/dU7OqGCIcak" width="560"></iframe><br />
<br />
3- The Angel's Melancholy<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/9/92/AngelsMelancholy.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/9/92/AngelsMelancholy.jpg" width="452" /></a></div>
A partir de agora as coisas começam a ficar bizarras (como se não já estivesse). Esse filme é a coisa mais porca e perturbadora que já vi. Diferente dos outros dois filmes, Begotten e Eraserhead, "The Angel's Melancholie" foi proibido em diversos países. Difícil, se não impossível, achar esse filme pra download e bom, se você achou, boa sorte, porque depois que vi, fiquei meio atormentado com algumas cenas do filme.<br />
O Trailer não irá dizer pelas minhas próprias palavras, mas se queres saber mais, o filme contém uma enorme quantidade de "filias" sexuais, além de animais no meio, contém várias cenas com sexo e fezes, tortura, humilhação etc.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/vOfvgRwa0J8" width="420"></iframe>
<br />
<br />
4-Salo, ou 120 dias de Sodoma<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikQ3NOXBQ_1jy5hpk8aiAiR43eYf-cXmQ7lgGXE-GicMVbGnBiynvwRO2gXtAbBJZWH7qJ6UhZHa8FE_WyL_PXFL-fdW4QoJAkqkAhiedTHfH7XkOjjTbWfq6ZSfetziefWssJYVH4I0na/s1600/poster_02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikQ3NOXBQ_1jy5hpk8aiAiR43eYf-cXmQ7lgGXE-GicMVbGnBiynvwRO2gXtAbBJZWH7qJ6UhZHa8FE_WyL_PXFL-fdW4QoJAkqkAhiedTHfH7XkOjjTbWfq6ZSfetziefWssJYVH4I0na/s640/poster_02.jpg" width="443" /></a></div>
Pasolini é um grande diretor em mostrar, no cinema, questões obscuras, esquecidas, ou acomodadas que podem gerar polêmica. Salo é um filme crítico. Perturbador, aterrorizante, mas muito discutível, dando a trabalhar muitas ideias sobre o que é o ser humano. Salo é um longa antropológico, político, artístico que explora várias facetas do cinema, mas, embora todos esses lados positivos, Salo é bizarro, repugnante e aterrorizador. Emocionante até certo ponto, mas a cada momento que vemos esse filme queremos que acabe logo ou que aconteça algo como ocorre em "Bastardos Inglórios".<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/R7GKRaR390k" width="560"></iframe>
<br />
<br />
5- A Serbian Film<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://horrorhomework.com/blog/wp-content/uploads/2013/08/A-Serbian-Film-Movie-Poster-horror-movies-26582629-1200-1690.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://horrorhomework.com/blog/wp-content/uploads/2013/08/A-Serbian-Film-Movie-Poster-horror-movies-26582629-1200-1690.jpg" width="452" /></a></div>
Não é preciso falar muita coisa sobre esse filme. Ficou famoso, deu polêmica, proibido em diversos países e até se tornou "banal" em listas sobre filmes perturbadores. De fato o filme extrapola em algumas cenas, não tem aquele caráter amador, possui um roteiro meio maluco que trabalha com Snuff, mas, de fato, é um filme chocante. O porquê de ter sido proibido é meramente um fato ético... basta analisar as cenas pra ver que qualquer pessoa, sem estômago forte, pode passar mal vendo esse filme.
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/1T6YM7RE5wQ" width="560"></iframe><br />
<br />
Bônus- The Philosophy of a Knife<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i2.listal.com/image/267872/600full-philosophy-of-a-knife-poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://i2.listal.com/image/267872/600full-philosophy-of-a-knife-poster.jpg" width="258" /></a></div>
O que mais me assusta nesse filme é ser baseado em fatos reais. As imagens do trailer já são chocantes, então recomendo que quem tenha estômago fraco fique longe do filme e do trailer (Apesar de bizarro). O que posso afirmar é que fiquei uns dias com nojo do ser humano, de maneira desigual, como nunca fiquei antes.<br />
Resumidamente, a história conta os crimes da Segunda Guerra mundial, feitos em prisioneiros de guerra pelo Japão. Quando se fala em segunda guerra, sempre se destaca os nazistas e os campos de concentração, mas é importante lembrar que o Japão capturava chineses e fazia experimentos científicos neles (de todo o tipo). A crueldade é enorme. Como diz o próprio poster do filme: "Deus criou o céu, o homem criou o inferno".<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/SNxqWvlntZ4" width="420"></iframe><br />
<br />
<br />
Artigo de F.M.Ogata - Wolf Lars- Lobo LarsenLobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-72850562302541322072013-06-17T14:53:00.000-03:002013-06-19T22:52:37.596-03:00Sobre os protestos<div style="text-align: justify;">
Ouvia e gritava ao mesmo tempo: "Sem violência, Sem violência!"...Era quinta-feira, dia 13 de junho, nublado, estava impressionado com todo aquele movimento e com tanta gente junto. Na verdade, me sentia feliz por estar lutando em prol de direitos de liberdade, expressão, contra a repressão, a favor da justiça, pelo próprio ser humano. Não era mais uma questão de vinte centavos, era algo maior, mais bonito, profundo e ao mesmo tempo triste. A polícia, mal treinada, seguindo ordens de represália não se mostrou digna. Atacou a todos, sem discussões, ouvia-se policias xingando, aplicando golpes e prendendo por portar vinagre. Quem acompanhou de perto sabe que a mídia não mostrou a verdade, ou pelo menos escondeu os fatos, criando um discurso ideológico, simbólico, alienante e que reprime o livre pensamento. O que se pode dizer acerca dos acontecimentos de São Paulo que estão atingindo todo o país? pode-se abrir uma longa discussão que envolva política, filosofia, economia, sociologia, direito etc., a respeito de tal tema, mas num protesto como esse, o que senti foi que finalmente o "Brasil" parece ter acordado. O que presenciei na última quinta-feira, dia 13, foi uma repressão que implementou um pouco de terror e muita violência. Sim, vi manifestantes que eram violentos e vi manifestantes em prol da paz, pacíficos, mas o que vi principalmente por parte da polícia foi uma atitude autoritária. Considera-se, a partir de Hannah Arendt, que quando o estado aplica violência, terror para fins de controle, estamos na essência de um estado totalitário. Quando vi que a atitude da tropa de choque foi algo abusivo, aplicado com bombas morais, senti o terror, julguei que os direitos democráticos, embora discutíveis, estavam por água abaixo. Ora, quem presenciou sabe que tinha algo errado lá. Policiais como anônimos? o que era aquilo? vi uma garota apanhando da polícia, sem mais nem menos. Que atitudes são essas? Quem conhece policiais sabe que grande parte só obedece ordens superiores, existe toda uma lógica militar. Quem manda na tropa de choque é o poder do governo, do estado, da administração, culpar somente a polícia é um ato ignorante, embora eles sejam por vezes abusivos por deterem armas que a população não tem, eles foram mal treinados, recebem pra fazer aquilo, muitas vezes alienados e que somente obedecem ordens, se não perdem o emprego. Há algo além da Pm, há todo um sistema que prevalece no Brasil e no mundo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo que presenciei me fez crer que as pessoas que estavam lá não eram vândalos, eram pessoas que lutam por seus direitos, direitos que estão sujos por muito tempo, apagados, nulos por vezes. Já era hora de fazer algo nas injustiças que o Brasil possui.</div>
<div style="text-align: justify;">
Raws, filósofo norte-americano, em um dos seus maiores livros, fala que a justiça deve ser entendida como equidade e liberdade ( em consideração o véu da ignorância). Levando em consideração o conceito de justiça como algo que todos tem, de forma equitativa, o Brasil parece estar bem longe desse conceito, e nesse contexto, o Brasil vive em um estado injusto, onde poucos tem e conservam como está e quando os que nada tem, ou quem tem reclama pela justiça, a elite reacionária vai contra. </div>
<div style="text-align: justify;">
As manifestações são dignas de todos os ocorridos, mesmo que sou contra em parte do uso violência (apesar de que qual revolução não teve violência?), eu apoio pelo simples fato de como o Brasil está. Não existe justiça no Brasil, talvez em particularidades, não como um todo, vejo um país fragmentado, sem distribuição de renda, desigual. Espero que o evento dos vinte centavos tenha sido o estopim para algo maior e alias, isso já era pra ter ocorrido.<br />
Eu luto por melhorias para todos, uma ética em que preza pela vida acima de tudo, não só uma questão econômica, mas sim por um país que ofereça melhores condições de vida e liberdade, luto pela democracia em primeiro lugar.<br />
Não desconsidero os vinte centavos e não estou do lado dos reacionários também, mas estou a favor da democracia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não sejamos niilistas, vamos para a rua! manifestar... ou se não puderem, a internet está aí, uma das maiores ferramentas nos tempos de hoje.</div>
<div style="text-align: justify;">
Acorda Brasil! "Winter is coming" - United we stand, divided we fall.<br />
<br />
Artigo escrito por - F. Ogata - Wolf Lars</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns videos sobre as manifestações:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/W6QVLE8PQJ8" width="560"></iframe>
<a href="http://www.melhorquebacon.com/24-momentos-protesto-sao-paulo/" target="_blank">http://www.melhorquebacon.com/24-momentos-protesto-sao-paulo/</a><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/_SnKe6TND58" width="420"></iframe>
<a href="https://www.facebook.com/photo.php?v=476324595791064&set=vb.100002405820766&type=2&theater">https://www.facebook.com/photo.php?v=476324595791064&set=vb.100002405820766&type=2&theater</a>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-40267955311110760482013-06-10T22:19:00.001-03:002013-06-10T22:19:04.386-03:00Wake UpEnfim voltamos com a categoria "Música da Semana"... Que tal começarmos com All Sons and Daughters, com esse belo Clipe? de brinde Mumford and Sons!<br />
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/PoPWqi0W2DA" width="560"></iframe>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/8jLJ5mhgVw4" width="560"></iframe>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-2755638691451743702013-06-01T22:57:00.001-03:002013-06-02T00:58:32.898-03:00Dogtooth (2009)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhml0tlIH7SEfM0-bKcyMU5ZxsLdAY8wCKA1TzDr1sAEBlznvZqy0f0gLEVpVDp71IoJGmHjUNhR4g4B_XA5m0D0KEeqzcK9K1h-3rjom5UefqKr7MuFw3Z3AN4CPuHGBNE9deqD-PPN0wl/s1600/dogtooth.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhml0tlIH7SEfM0-bKcyMU5ZxsLdAY8wCKA1TzDr1sAEBlznvZqy0f0gLEVpVDp71IoJGmHjUNhR4g4B_XA5m0D0KEeqzcK9K1h-3rjom5UefqKr7MuFw3Z3AN4CPuHGBNE9deqD-PPN0wl/s640/dogtooth.jpeg" width="451" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não saberia quais adjetivos seriam cabíveis para resumir "Dogtooth". Excelente? Perverso? Curioso? Bizarro? Talvez todos esses adjetivos e alguns mais, mas com certeza "Dogtooth" é um filme filosófico e chocante!</div>
<div style="text-align: justify;">
Dogtooth é um filme grego, dirigido e escrito por Yorgos Lanthimos e lançado em 2009. Dogtooh ganhou prêmio de melhor filme no festival de Cannes e é considerado por muitos críticos, um dos melhores filmes de 2009.</div>
<div style="text-align: justify;">
A história de Dogtooth é um pouco excêntrica, tudo acontece praticamente em uma casa, onde uma família não tem contato com o mundo exterior (Com exceção do pai). Não se deve falar muito a respeito da sinopse, pois acabaria a graça do longa.</div>
<div style="text-align: justify;">
O que exatamente Dogtooth tem que foi tão aclamado pelo público? Tudo que se passa nele é interessante, discutível, a filosofia transborda nesse roteiro esplendido, as cenas curiosas que lidam com valores morais, a não linearidade da história, eventos metafóricos, a apologia ao livro VII de Platão (Mito da caverna), a enfase na sexualidade, a frieza do equilíbrio ditatorial, os atores, a dramática, o humor que está por trás. Parece que Yorgos leu muito Platão para ter escrito e elaborado esse filme, não só Platão como também Foucault, Freud, Wittgeinstein, Nietzsche, entre outros. Yorgos coloca cenas e mais cenas que nos faz pensar: "Porque?", além de mostrar na história a convenção e o poder da linguagem, mostra a natureza humana, ingenua, se perguntando o que é isso? os porques? buscando cadeias de causas, lidando com um vigor trágico, pra lá de apolinio, trazendo nos personagens indagações sexuais, curiosidades da natureza humana, levando o público ao curioso, ao perverso, ao misterioso "a-mundo".</div>
<div style="text-align: justify;">
Vale a pena ver Dogtooth? É um filme pra quem gosta de coisas estranhas, diferentes, outros olhares, pensamentos nomades e filosóficos. (SIM!)</div>
<br />
Comentário por: F.Ogata Larsen- Lobo Larsen
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/sLk6wysJBM4" width="420"></iframe>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-55420195876066055592013-05-24T23:00:00.000-03:002013-05-24T23:00:38.936-03:00A Felicidade <iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/6MB53uXCtek" width="560"></iframe><br />
<br />
É eu sei... O blog anda abandonado e sem quase nenhuma postagem nova.. mas temos os nossos motivos, período de formatura e lá estamos indo para uma nova etapa da nossa vida! (Pelo menos o Gui e eu, os dois criadores) Para recompensar o tempo de não postagens, segue um filme bem "Francês" pra vocês! Na íntegra!<br />
<br />
<br />Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-80866208627042943352013-04-07T22:15:00.001-03:002013-04-07T22:15:37.004-03:00Hate?Its hard not to hate.People..things..institutions. Especially when they break your spirit and take pleasure watching you bleed.Hate is the only feeling that makes sense.<br />
But I know what hate does to a man: tears him apart ..turns him into something he's not..<br />something he promised himself he never become!<br />
It's so hard not to carve under the way of all awful things I feel in my heart.<br />
Sometimes life feels like a deadly bouncing act.. what I feel slamming against what I should do...<br />impulsive reactions racing the solutions miles ahead of my brain..<br />
<br />zznatshttp://www.blogger.com/profile/01747612946055060628noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-37763550488866957672013-03-30T23:27:00.000-03:002013-03-30T23:27:50.420-03:00Holy Motors e um possível segredo!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD8ueSto2yl6VNc51LaTmJkgbYf-bxXe92mSuuuwx7GiSxuKYZ-ySM8geMduN9Nt1kBfnG5d2ZTB4r1VOKH0ZXh3SpqOuETA6n22VFDpN6ycaa1DfqQXsS_pkooDY34GPfwIgvOJ9q5uVG/s1600/holy-motors-lg.jpg" imageanchor="1"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD8ueSto2yl6VNc51LaTmJkgbYf-bxXe92mSuuuwx7GiSxuKYZ-ySM8geMduN9Nt1kBfnG5d2ZTB4r1VOKH0ZXh3SpqOuETA6n22VFDpN6ycaa1DfqQXsS_pkooDY34GPfwIgvOJ9q5uVG/s320/holy-motors-lg.jpg" /></a><br />
<br />
Uma das frases marcantes na filosofia de Nietzsche é: "Não existem fatos, somente interpretações". Holy Motors é um filme que demonstra o que Nietzsche disse. Holy Motors é um filme que aparentemente pode ser visto como surrealista, enlouquecidamente dionisíaco e sem menor sentido, mas diante das possibilidades subjetivas interpretativas, ele pode fazer muito sentido e até mesmo ser considerado uma obra prima.<br />
Pode-se dizer que é um longa difícil de ser analisado e mesmo que seja analisado ainda corre o perigo de outrem analisarem de modo diferente, por isso, eis o a genialidade desse filme: Embora sem menor sentido, ele é interpretativo.<br />
Uma coisa é certa: o filme fala sobre a própria vida do diretor. Para entender Holy Motors de uma maneira que seja a do diretor, no mínimo deve-se entender a vida do diretor, seus outros filmes e o seu percurso na história do cinema. Leox Carax parece colocar muita coisa da vida dele em cena. Leox é um verdadeiro artista, se formos analisar conforme sua subjetividade, já que transparece a sua experiência de vida e faz um filme que aparentemente não tem menor sentido. Por outro lado, o filme apresenta aquilo que esteticamente é genial: Um filme que fala sobre o cinema. Holy Motors pode ser interpretado como filme que traça em nuanças, diferenças, categorias do cinema, isso é, drama, romance, ação, ficção e ainda sim carrega consigo mesmo o roteiro. Um longa sobre categorias de outros longas que não seja um documentário, que possui um roteiro, que lida com diferenças e, a todo instante trabalha com metáforas, é digno de café música e filosofia. A arte de Holy Motors enlouquece, <span style="background-color: #dbedfe; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15px; white-space: pre-wrap;"> </span>faz ver de um ponto de vista diferente o que o cinema produz... Drama, musical, comédia, ação. A mudança, o devir, o eterno retorno. O filme é um transtorno geral e sobrecarrega elementos tão subjetivos que ele acaba sendo pessoal, tornando-o complexo de aconselhar. Em suma, Holy Motors é um filme misterioso, já que é um complexo de elementos subjetivos do próprio diretor, mas ao mesmo tempo e ate contraditoriamente, é um longa artístico, com dramatização surrealista e cheios de sentidos a descobrir.<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/BlTIc2F9diU" width="560"></iframe><br />
<br />
F.Ogata - Lobo LarsenLobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-72744425868693663752013-03-24T12:18:00.002-03:002013-03-24T12:38:14.141-03:00Continuação - Matrix - Um oceano?<b><i><u>Continuação de "Matrix - Um oceano?"</u></i></b><br />
<b><i><u><br /></u></i></b>
Após dois pedidos particulares, um de continuação e outro de que explorasse os temas abertos no texto anterior e deixados sem conclusão me fizeram iniciar este novo texto. Portanto seguirei por este texto com a premissa básica da jå leitura de "<u style="font-style: italic;">Matrix - Um oceano</u>".<br />
<br />
O tema aberto sem conclusão do controle que as máquinas exercem na Terra agora continua. Os homens, e isso para além do filme, ou seja com a Vida, são a efetiva concretização apenas de uma energia (lembremos que matéria é energia na célebre fórmula do "gênio" Einstein: E=mc2). Ao falar do homem como "apenas" a materialização de uma energia, me vem direto à mente a recordação de uma fala do irmão do Arnaldo Baptista do antigo grupo Mutantes: "Por que essa energia não se esfacela, não se desfaz ao vento, o que mantém esses átomos todos unidos em nosso corpo, em nossa carne?". Sim, porque se somos "apenas" energia, por que simplesmente nos tornamos esse corpo ao invés de continuar sendo o fluído dessa energia, ou seja, por que ao invés de continuarmos sendo rios, calor, frio, vento, ondas, marés, nós do "Nada" nos tornamos esse corpo, e o mais estranho, um corpo que pensa e reflete sobre o próprio ato de estar vivo, o que ao menos parece bem singular no mundo Animal (mas como podemos falar do "pensamento Animal", já que somos tão "diferentes", embora essa diferença seja cultivada nos ambientes culturais justamente nos des-ligando da Natureza para que nossa arrogância aflore e diga: "O Homem é o ápice da Evolução", mas como afirmar essa arrogância se estamos todos os dias participando da Evolução que jamais termina, pois terminar a Evolução seria estar fora da própria Vida na Terra... Teríamos de pensar como os outros animais para falar que somos "diferentes", mas de tão óbvio que isto é se tornou esquecido e obscurecido...). Portanto, esse "apenas" do Homem ser a materialização da Energia se torna o mais abismal e obscuro, como pensar em nossa Origem e nos vermos pertencentes a um Universo cheio de Galáxias e outros cosmos... Para que a Energia dispersa e espalhada no Universo se torne o bicho "Homem", é preciso um "programa" que saiba decodificar essa energia que ficaria dispersa e vagando errante em um corpo e uma forma que permite a nossa vida. Que programa é esse? Hoje, cientificamente damos o nome de DNA, que é o "hardware" que permite o "software" da Vida (esta Vida de todos os dias, que permite abrir os olhos, mexer as mãos, sorrir, se encantar, dar um beijo, um abraço...). O DNA resguarda nele o programa que torna a Energia possível tomar a forma de "Homem". E é da própria Vida e Biologia tomar consciência disto, pois senão nem teria como este texto estar sendo escrito... Aparentemente eu fugi do tema ainda em aberto do controle que as máquinas exercem atualmente no enredo do filme sobre os homens. Mas foi preciso mostrar que o "controle" é da Vida, não dos "homens". "Como assim?" podem pensar, então vamos com calma e aos poucos... A Vida dentro do Universo se encaminhou até à chegada de uma espécie que estranhamente pensa sobre a Vida e faz livros, filosofias, músicas, religiões, discussões sobre esse fato singelo e estrondoso que é estar vivo, sendo este bicho apelidado todos os dias por nós de "homens" (mas podíamos muito bem chamar de Uga-Bungalow e continuaria sendo o mesmo, por isso os nomes talvez pouco importem...). Esses "homens" fazem e agem todos os dias, nos atos mais corriqueiros sem que a consciência "racional" (ou seja do controle, no caso controle de conhecimento) se dê conta. É preciso muito esforço mental para escovar os dentes? Não... Mas nem por isso deixamos de escovar os dentes. O que quero dizer com tudo isso? Que a Vida (o programa inscrito no DNA) age todos os dias mais do que sequer imaginamos, pois nem tornamos isso ainda efetivamente consciente. E onde entram as máquinas e o controle que exercem no filme? Os "homens" fizeram essas máquinas que se "revoltaram" e resolveram dominar os homens, seus próprios criadores. Mas na mais profunda verdade não foram os "homens" conscientemente, foi a própria Vida que levou a fazer máquinas... "Mas então você está naturalizando processos sociais, culturais, econômicos. É reduzir demais..." poderiam dizer, e na verdade? É isso mesmo, estou reduzindo ao mais simples e óbvio que foi esquecido, que a cultura, a economia, a sociedade, as conformações de Estado e Poder não passam nada mais nada menos de uma "vontade" da própria Vida e do Universo... Os operários das fábricas de carro, ao que me parece pois não sou operário de uma fábrica de carro para afirmar categoricamente, não entram em dilemas existenciais do porquê fazem os carros todos os dias, incessantemente, trabalhando para produzirem todos os dias aquelas peças e formas que se tornarão carros, ou seja, eles fazem carros como pessoas escovam os dentes, assim naturalmente sem pensar acerca disso... Então os grandes dilemas "filosóficos" não estão em conflito com a existência deles, e com isso não quero dizer que eles são mais ou menos por terem pensamentos filosóficos (até porque minha concepção de Vida coloca o filósofo muito abaixo do operário que faz carros, porque aqueles se questionam sobre o fato dado da Vida, eles põe em questão o inquestionável do assombramento de estar vivo, enquanto os operários agem porque precisam fazer a manutenção diária da Vida, e não reclamam e resmungam tanto da Vida como os filósofos...). Aonde quero ir com tudo isso? Que a Vida no Universo e em particular na Terra quis produzir máquinas. Ponto. Sem discussão isso. Porque se a Vida realmente não quisesse máquinas elas jamais teriam aparecido à nossa frente. Tão simples e óbvio assim. Se a Vida não quisesse isso, teríamos ficado eternamente sendo pedaços de pedra e calcário sem ter levantado um dia e ficado ereto, aparentemente destoando dos outros animais... Mas não destoamos, somos assim e ponto. Como algo que é assim pode destoar se ele está no Universo? Seria como dizer: "Uma pedra destoa", ou ainda "Uma formiga destoa". Logo se vê o absurdo dessas frases. A Energia que flui no Universo tomou a forma de "homens" que falam, conversam e por ventura fazem máquinas. No filme elas se "rebelam" com seu criador, "o homem" e querem dominar a superfície terrestre. Nada mais humano que querer se rebelar e dominar... No fundo sempre a representação que fazemos das máquinas são mais humanas que máquinas apenas... Ou seja porque o homem já se rebelou com Deus (Universo-Energia-Vida), como na história de Lúcifer querendo ser mais que Deus, mais que Energia portanto, e sofreu com isso ele imputa às máquinas uma atitude "rebelde" que ele teve com o próprio fato de estar vivo. Ou seja, as máquinas de nossas representações são humanas! Mais humanas que nós mesmos por vezes... E esse ato de rebeldia quer implicar em controle e dominação da Terra, bem aquelas representações de desenho infantil do homem mau: "Eu vou dominar o Mundo" e solta aquela risada diabólica... Quem disse que as máquinas, se um dia elas realmente tomarem consciência (porque a robótica em alguns centros de desenvolvimento está chegando a imitar emoções já, como no Japão), vão querer se rebelar com os homens? Por que esse medo e essa angústia gerada de conflito e guerra para o mundo das máquinas? Porque a guerra e o conflito está no coração dos homens, e não nas máquinas! Simples assim. Por isso no texto anterior disse: "<span class="Apple-style-span" style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet Ms', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px;">O programa que alimenta o mundo das máquinas, máquinas estas que no enredo da história dominam e povoam a Terra há muito já devastada pelos homens que criaram essas máquinas e elas passaram ao "controle" (na verdade nem há controle, mas será preciso outro texto só para este tema) da superfície terrestre</span>", ou seja, para a Vida, para a Energia, para o Universo, nem há controle, existe o que está vivo e na forma em que está vivo, só isso. Por isso nem tem como falar que algo "destoa", as coisas existem e estão como deveriam estar sempre, na forma em que estão. Um dia um bicho resolveu "destoar" e andar em dois pés e não mais em quatro... O que vive é o que vive e só, e isso que vive não tem pleno controle, se existisse plenamente este controle da Vida e da Energia na Terra teríamos de nascer já "prontos" e "perfeitos", nem precisaríamos estar no processo da Evolução (espiritual, biológica, de conhecimento...), porque a Energia de todo o Universo estaria já controlada, por que nasceríamos se a Energia estivesse plenamente em equilíbrio? Por isso nasce em todas as culturas e sociedades a história do Escolhido, do Um, do Herói que tudo faz na história para alcançar o pleno controle da Vida, e Vida é Energia... Essa visão apocalíptica e escatológica do filme da Terra devastada e dominada pelas máquinas é a visão do medo de um tipo de pensamento que quer ter o controle sobre a Terra... Se a humanidade sumisse hoje da Terra, e a própria Terra explodisse todas suas partículas para fora de sua galáxia, que "perda" seria esta senão apenas, e tão somente uma "perda" humana? A Energia no Universo ia continuar, independente de nossa vontade e querer... Assim como um dia segundo a Ciência já habitou sobre a Terra um monte de bichos que eram verdes, pareciam répteis e eram enormes com o apelido simpático de Dinossauros... E foram extintos. Se levássemos o mesmo fim, que falta faria para as estrelas e galáxias? Por que somos tão importantes que não podemos sumir? É o mesmo problema diante da Vida e da Morte... Por que somos tão "bons" que não podemos morrer?Poetahttp://www.blogger.com/profile/07176313693923708452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-4089212522248978212013-03-03T11:28:00.002-03:002013-03-03T11:29:10.287-03:00La faute à Fidel<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYVzAXWSGizinTfbthknuAkdHQCnyfhv1GVejjRXvmOH_o9D5u04dZDalN7Kz418MUf_6cdIpvMtdoUFNlTOvyM9jia8Uuw8trGs4lkW3S2xEGaU1NSNYx4bPL8s9JWJopMJwnV-PJG2g/s1600/La+faute+%C3%A0+Fidel.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYVzAXWSGizinTfbthknuAkdHQCnyfhv1GVejjRXvmOH_o9D5u04dZDalN7Kz418MUf_6cdIpvMtdoUFNlTOvyM9jia8Uuw8trGs4lkW3S2xEGaU1NSNYx4bPL8s9JWJopMJwnV-PJG2g/s640/La+faute+%C3%A0+Fidel.jpg" width="480" /></a><br />
<br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px; line-height: 20.796875px;">SINOPSE</span></span></span><br />
<div style="line-height: 20.796875px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Anna de la Mesa (Nina Kervel-Bey) tem 9 anos, mora em Paris e leva uma vida regrada e tranqüila, dividida entre a escola católica e o entorno familiar. O ano é 1970 e a prisão e morte do seu tio espanhol, um comunista convicto, balança a família. Ao voltar de uma viagem ao Chile, logo após a eleição de Salvador Allende, os pais de Anna estão diferentes e a vida familiar muda por completo: engajamento político, mudança para um apartamento menor, trocas constantes de babás, visitas inesperadas de amigos estranhos e barbudos. Assustada com essa nova realidade, Anna resiste à sua maneira. Aos poucos, porém, realiza uma nova compreensão do mundo. </span></span></div>
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20.796875px;" /></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><span style="line-height: 20.796875px;">Do diretor Julie Gavras, trago, depois de muito tempo sem postar nenhuma análise, comentário ou crítica, um interessante filme crítico e de certo ponto filosófico.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><span style="line-height: 20.796875px;"><br /></span></span><span style="background-color: white;">O cinema francês é grandioso e uma prova disso é "A culpa é de Fidel". O longa trabalha com enormes características estéticas, essenciais para que o filme se torne uma obra de arte. A culpa é de Fidel é um filme artístico, com características ideológicas, políticas, filosóficas, mas o que mais chama atenção, não é simplesmente o roteiro, ou a eloquência do questionamento filosófico a todo momento, mas sobretudo a atuação da atriz-criança. Claro que o questionamento filosófico é um ponto primordial nesse filme, mas é bastante observável um toque de ideologia esquerdista. O longa carrega pontos esquerdistas a todo momento, mas é muito notável, já que temos uma protagonista criança, um questionamento sobre as vantagens, desvantagens, características da ideologia esquerdista, assim como também a direitista. Além da forte presença política no filme, o filme também carrega uma certa crítica a religião, trazendo como forma indireta a diferenciação entre "mito" e "logos".</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O longa possui uma fotografia excelente, um roteiro curioso, trilha sonora chamativa e sobretudo, uma atuação fenomenal! </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A questão que se pode por é a seguinte: Vale a pena ver um filme com fortes tendências esquerdistas? A resposta pode variar, porque? embora o filme possa ser um filme ideológico, mostrando as vantagens do posicionamento político esquerdista, o longa trabalha com uma protagonista criança e, aos poucos, no decorrer do longa, percebe-se como a criança tem uma atitude filosófica diante das situações, ela questiona o tempo todo, reclama, procura razões por tudo, o que é de certa maneira, uma prova quando dizemos que toda criança é filosofa. "La Faute à Fidel" não é somente um filme ideológico, ele é um filme que demonstra o quanto uma posição ideológica pode mudar a vida de uma família. Vale a pena ver? Seja qual for o seu posicionamento filosófico, acredito que é um filme interessante, emocionante e com um tom artístico, mas pretensioso. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">F.M.Ogata - Lobo Larsen</span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/VyKB8OYL8nc" width="560"></iframe>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-60002822307044818972013-02-25T19:03:00.000-03:002013-02-25T19:03:40.374-03:00Bag Raiders, Miami Horror e BetokoFazia muito tempo que não postava e pra mudar um pouco o perfil do blog, que não é só de cinema, vou apresentar três bandas que trazem um clima dançante.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Bag Raiders é aquela banda que você coloca no carro (principalmente quando está com amigos e indo para algum lugar festivo) e deixa tocar! Os ritmos eletrônicos variam, mas são dançantes em qualquer balada, algumas músicas cantadas, outras instrumentais. Vale a pena ao menos chamar um(a) parceiro(a) para dançar. </div>
<div>
<br /></div>
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/Ry9oHg8loVE" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
<div>
Miami Horror segue o mesmo estilo de Bag Raiders, mas com um toque mais pop, menos agitado, porém mais viciante. Vale a pena? Se gosta de um eletro-pop, provavelmente vai se encantar!</div>
<div>
<br /></div>
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/o2sVLb1K6Wg" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
<div>
Finalizo com Betoko. Banda um tanto quanto desconhecida, mas dançante e com um estilo mais sensual.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/IfDdqObihDU" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-44691778253291254662013-02-22T17:00:00.001-03:002013-02-22T17:00:23.395-03:00Matrix - Um oceano?<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><u>Matrix - Um oceano?</u></i></b><br />
<br />
O filme Matrix é aparentemente um filme de ação, com boas cenas e muita
tecnologia, na superfície é só isso. Mas como pode um homem falar do mar vendo
apenas sua lisa superfície no horizonte? Então vamos mergulhar nesse mar para
retirar uma visão "sub-aquática", por assim dizer. Comecemos pelo
óbvio, pelo começo. O começo está onde? Em alguma primeira cena? Não, o começo
está no título: "Matrix". Que Matrix? O que é Matrix? É o código
inicial de um programa, em suma, como diz o nome é a Matriz, o código-mestre, o
código-mãe, o código-chave, como queiram chamar, é a raiz de todo o programa.
Que programa? O programa que alimenta o mundo das máquinas, máquinas estas que
no enredo da história dominam e povoam a Terra há muito já devastada pelos
homens que criaram essas máquinas e elas passaram ao "controle" (na
verdade nem há controle, mas será preciso outro texto só para este tema) da
superfície terrestre. Mas como se "alimentam" estas máquinas, de onde
retiram energia para "viverem" e dominarem a superfície da Terra? Dos
seres humanos que foram encapsulados em jarros com um líquido que os mantêm
estáveis e há um conector na cabeça dos homens que sugam a energia humana para
dessa energia humana fazerem funcionar as máquinas e elas se movimentarem e
continuarem funcionando. Os homens se tornaram "baterias",
"pilhas", "energia elétrica" para as máquinas. Mas como
alimentar os homens de energia, porque se as máquinas somente sugassem a
energia humana o homem morreria, perderia completamente sua energia e nem teria
como alimentar as máquinas, então como alimentar os homens? Aí entra o programa
das máquinas, porque a programação que as máquinas fizeram mantêm a atividade
cerebral dos homens funcionando (pelo programa) e essa atividade cerebral dá a energia
necessária para as máquinas. Mas claro são milhões, bilhões, trilhões de homens
talvez, todos encapsulados para dar essa energia necessária às máquinas. E o
que esse programa faz? Como ele age? O que é ele? O programa é o código-Matrix
em funcionamento. Quando o programa está rodando ele alimenta o cérebro humano,
mantêm vivo o corpo físico dos homens. E essa "vida" é o programa que
funciona no cérebro dos homens. Até o momento um bom enredo, mas é o bastante
para ter enunciado no título “Oceano”? É que o desenrolar do “programa” é a
própria vida em suas diminutas nuances e sutilezas. Tudo está ali: Destino,
Escolha (palavra ruim para determinar sua essência que será explicada),
Caminho, Morada, Espírito, Energia, Universo, Liberdade, Ilusão, Aparência,
Redenção, Graça... O filme Matrix alcança uma espiritualidade maior que muitos
livros ditos espirituais, mas é preciso olhos e atenção...Podemos começar pelo
próprio programa que é algo gerado pelas máquinas e apenas “funcionam” na mente
humana, como uma “Ding an sich” kantiana, ou seja, um programa apartado da
vivência humana mas que por mais apartado que esteja é essa distância, esse
abismo que permite a vivência humana... Contraditório? É o próprio Deus
(Universo, Energia, a palavra que quiserem) que transcendendo o homem permite a
sua existência (o Nada de Heidegger). Esse programa “externo” ao homem que o
permite viver, ecoa um mundo que não é o “real” na mente dos homens, apenas
para alimentar as máquinas, ou seja, o mundo das máquinas (real) permite pelo
programa o mundo (ilusão), e eis a mais perfeita manifestação da interpretação
cristã do platonismo. Aliás aqui podemos avançar um pouco na história para
explicar justamente o nome do protagonista, Neo, que é o novo, a novidade, a
“Boa Nova”, o próprio evangelho anunciado em vida, em carne e osso, a
encarnação de Deus. E Neo também é o “One”, o Um, o Uno, a perfeição que tudo
reúne em si, que encarna a própria força de Deus na Terra, e vem para
equilibrar a energia no Universo após o desequilíbrio do “Mal”, após a expulsão
do Paraíso, pelo conhecimento humano de Bem e Mal. Eis o que mal se entrevê nas
cenas de ação... Mas uma história que remonta à própria realização de pouco
mais de dois mil anos de Ocidente. Neo é o próprio redentor da humanidade e das
máquinas, reúne homens e Deus, para além de uma briga mesquinha entre Deus e
homens. Repete-se a história do dilúvio, mas retornemos a história para chegar
ao dilúvio. O programa na sua atividade mantém a vida humana, e cria imagens no
cérebro humano, como a vida que hoje e nesse instante estamos vivendo “de modo
ilusório”, em que as pessoas andam, comem, dormem, sorriem, contam histórias,
abraçam, amam, beijam, enfim, seguem suas vidas cotidianas. Mas há homens que
se desligaram das máquinas e vivem como refugiados das máquinas, em
subterrâneos e escondidos caminhos, e um deles em especial acredita em uma
profecia que ouviu de dentro do programa Matrix, de que haveria um escolhido
que não seria igualado em força e poder e iria restabelecer o equilíbrio entre
homens e máquinas para um perfeito convívio. É Morfeu. Esse nome já é
emblemático, mas deixemos o nome por ora. Esses homens que vivem nos
subterrâneos de uma Terra devastada, também conseguem se ligar ao programa
Matrix mas de uma forma “pirata”, “clandestina”, sem o consentimento das
máquinas, e por vezes correm perigo justamente por entrarem no programa de
forma “não-convencional”. E se conseguem viver fora das máquinas, no mundo
“real”, por que querem e entram novamente no programa das máquinas? Porque está
para acontecer uma guerra entre homens e máquinas, e a cidade refugiada dos
homens, chamada Zion (nome também emblemático), parte dela crê nas palavras que
Morfeu ouviu do Oráculo no programa, e estão buscando o Salvador, o Redentor, o
que trará Paz e Equilíbrio entre os homens e máquinas, que é o Neo, o
Escolhido. Morfeu e seu grupo está procurando Neo no programa, porque eles não
sabem onde ficam exatamente os homens na imensidão de cápsulas que contêm os
homens, eles só conseguem localizar na cápsula se encontrarem dentro do
programa das máquinas. Eis o início do filme, o senhor Anderson (Neo) sendo
chamado para conversar com Trinity (mais um nome emblemático e simbólico), que
acredita junto a Morfeu que há um escolhido para trazer a Paz, enquanto parte
da cidade de Zion não crê em Morfeu, e não só não crê como zomba das “profecias
mirabolantes” de Morfeu. O senhor Anderson é então levado a uma conversa com
Morfeu das mais profundas que possa se ter em vida, que uma falta de equilíbrio
emocional pode levar a um desespero sem tamanho, como se fôssemos lançados sem
prévia preparação aos problemas de Berkley e ao mundo das Idéias de Platão que
pode gerar uma reação atormentada como no mito da caverna em que alguém vem
contar às pessoas presas e que só vêem sombras que há um Sol e um Mundo gigante
lá fora, e a descrença e atordoamento dos outros levam a matar esse que anuncia
isto... Senhor Anderson tem diante de si uma possível decisão (e nunca escolha,
porque a escolha exige vivenciar dois caminhos simultaneamente e retornar ao
ponto de origem e efetivamente escolher após ter visto os dois caminhos o que
se quer, e em vida somente é possível a decisão, jamais a escolha, a menos que
a clarividência tenha sido alcançada, mas isso é outro tema...), tomar uma
pílula que é um “anti-programa” dentro do próprio programa da Matrix que
anularia o programa e faria com que ele saísse da cápsula no mundo real e
pudesse viver como homem “carnal”, ou então tomar a outra pílula que o mantém
intacto e vivendo como sempre viveu na Matrix, sem que nada se altere. E é
claro que para continuação do filme ele toma a pílula que sai do programa e
tudo se altera, para o bem de nossa imaginação... Aí toda a vivência anterior
do senhor Anderson se torna algo extremamente estranho, embora sua rotina e
cotidiano entediante fossem naquele momento em que era vivido a “única” forma
possível de viver, e se abre um universo tão inimaginável que a tendência
inicial do senhor Anderson é negar, negar até o mais íntimo, pois a negação de algo
tende a nos manter firmes com nossas pretéritas afirmações, como um mecanismo
raso e pequeno de defesa. Mas Anderson adquire consciência que estava
defendendo algo que nunca chegou a entender até a raiz, então se viu defendendo
o próprio vazio, o próprio Nada da existência... Isso atordoa. É preciso força.
Mas fora do programa já não há retorno, então a fase da aceitação vem chegando,
e um novo entendimento de vida e o que é no fundo estar vivo...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A resenha e explicação do filme continua, mas se encontrar eco nas almas, e elas pedirem para continuar, por ora eu paro e espero os comentários e opiniões, e se devo continuar ou não.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
André </div>
Poetahttp://www.blogger.com/profile/07176313693923708452noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-55175833506421398232012-12-11T21:32:00.000-02:002012-12-11T21:32:07.415-02:00O cinema de 2012Que tal ver uma compilação com alguns dos melhores filmes de 2012?? presente!<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/qbxMTOWA7cY" width="560"></iframe>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-58430074579305514452012-12-10T14:53:00.001-02:002012-12-10T19:22:31.778-02:00Sonhadores, Os (2003)<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/hBLf-0Yw6Vk" width="560"></iframe>
<br />
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Comentário/Crítica:</span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Acredito que seja a terceira, ou quarta vez que tento escrever uma crítica, ou um comentário a respeito do grandioso filme "Os sonhadores". Confesso que talvez esta critica/comentário não seja definitiva, existe sempre uma nova leitura do filme, além de correções, inovações que vão sendo acrescentadas na minha visão do longa, ainda que quando revejo o filme, normalmente apreendo algo diferente, múltiplas variações de percepções,etc., mas, sem mais delongas, vamos lá e peço perdão por possíveis erros.</span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Bernardo Bertolucci é um dos diretores que mais trabalha com "afetos", com temas sexuais, paixões de todo o tipo e inúmeras variações sobre sentimentos humanos, e The dreamers não deixa de ser o caso. Os Sonhadores, ou "The Dreamers" é uma obra inusitada, carrega sentimentos variantes ao decorrer do longa, paixão, comédia, drama, tragédia, diálogos, sexo e sobretudo cinema, arte e música. Com um roteiro interessante e até exótico, enredo que prende o telespectador, Eva Green e sua delicada beleza sensual, Louis Garrel com o ar imponente francês e, o lado norte-americano de Michael Pitt fazem os atores principais de uma das obras que podem marcar sua sua vida como cinéfilo.</span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Há de se perguntar o que há de tão "belo e bom" no longa, e a resposta não é tão simples... os atores fazem o charme, a história talvez um pouco incomum prende o telespectador. Sexo, arte e cenas de outros filmes fazem com que cinéfilos fiquem entusiasmados ao ver, algumas cenas sexuais e criativas dão um tom erótico, frases e poesias no decorrer dos diálogos prendem alguns intelectuais (ou pseudo), roteiro que tange sutilmente questões éticas e políticas encantam alguns filósofos, personalidades marcantes e carismáticas dos personagens nos fazem nos encontrarmos neles, portanto, o filme quase que agrada à todos, mas não todos. (A crítica normalmente vem do fato de que o longa trabalha muito com questões eróticas, não agradando toda faixa etária e todo o público, além do apelo sexual.)</span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Sublime, poético e sensual são três adjetivos para esse filme, mas ao mesmo tempo é metafórico, filosófico, sujo, insano, erótico, criativo, apelativo, e outros quinhentos adjetivos.</span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Um ponto forte do filme são as características eloquentes dos personagens, a psicologia que se observa através do filme, as possíveis interpretações a respeito da relação entre os três, além da filosofia de vida de cada personagem. O filme ainda faz menções a outros filmes de outros diretores, como "Vivre Sa vie" de Godard, "Bande à part", etc., Além da trilha sonora que não deixa de ser marcante.</span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E quanto as interpretações sobre o filme? uma informação que parece ser verídica é que esse filme é uma sequência de outro filme: "Partner-1968". Alguns críticos dizem que para entender realmente o que Bertolucci quer dizer no filme Os sonhadores, seria preciso ver "Partner", para observar as relações do eu consigo mesmo, da identificação e diferença entre o id, ego e superego. Para quem não viu "Partner", aconselho ganharem tempo com essa obra. Além da interpretação sequencial e "psicológica" dos "sonhadores", há também outras. Evidente que qualquer um pode ver o filme e interpretar de certo maneira, pois, devida as nossas percepções e experiências de vida diferentes, podemos analisar de diferentes maneiras, interpretar como quisermos.. talvez seja algo da arte!? (deixamos essa questão da filosofia da arte e estética pra outra hora) Mas e a intenção de Bertolucci? O que ele realmente quer dizer no filme? Não quero fazer Spoiller, mas o filme toca em questões de afeto, amizade, amor e família.</span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Vejo o filme como um punhado múltiplo de filosofias, isso é, podemos analisar ou observar no filme a filosofia de Deleuze, de Nietzsche, Freud, mas isso não quer dizer que o filme seja Deleuziano, Freudiano, mas é relevante deixar claro que Bertolucci deixou em aberto algumas interpretações, como muitos outros filmes também o fazem.</span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas seja lá como for seu ponto de vista, acho que o filme é digno do cinema cultura, vale a pena para qualquer cinéfilo ver, analisar, fazer sua própria interpretação. Mas então, o filme é Bom? ruim? eu diria que o filme é artístico sobretudo, com toques eróticos, poéticos, mas artístico. Qualquer pessoa vai gostar? Não, mas grande parte dos cinéfilos provavelmente. (Não conheci ninguém que não gostou até hoje...)</span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<br />
<a href="http://cinemacultura.com/?p=1738" target="_blank">DOWNLOAD</a><br />
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><a data-mce-href="www.twitter.com/ogataogara" href="http://cinemacultura.com/wp-admin/www.twitter.com/ogataogara" target="_blank">@ogataogara</a></span></div>
<div data-mce-style="text-align: left;" style="font-size: 13px; line-height: 19px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">F.M.Ogata- Lobo Larsen </span></div>
Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-36778708205814124962012-11-29T14:06:00.000-02:002012-11-29T14:06:16.390-02:00Imagine Dragons- It's Time<br />
<br />
É tempo de mudança, tempo de compreensão, criação de coisas novas, destruição e renovação. Férias.<br />
<br />
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/6CskHY7k3vo" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-50856598038796287162012-11-06T09:37:00.001-02:002012-11-06T10:41:25.218-02:00The MakerMinha querida amiga Giovanna (que faz parte do Blog, mas anda sumida), me mandou um curta muito interessante. "Bonitinho", com música clássica e boa animação, vale a pena!<br />
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/YDXOioU_OKM" width="560"></iframe>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-35488602355070389572012-10-28T22:04:00.003-02:002012-10-28T22:04:32.130-02:00Of Monsters and Men <br />
Que tal começar a semana com um som folk, alegre, dançante e gostoso? Of Monster and Men tem tudo para proporcionar um folk similar a Mumford and sons, Laura Marling e até mesmo com toques de Beirut.<br />
A banda faz uma harmonia entre vocais masculino e feminino, instrumentos acústicos com um "q" de clássico que fazem com que Of Monster and Men ganhe respeito aqui no blog e portanto mereça um post com alguns clipes..<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/ghb6eDopW8I" width="560"></iframe>
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/0gEVaniPOmU" width="560"></iframe>
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/8Dw8qdmT_aY" width="560"></iframe>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-61913619328968145792012-10-18T22:54:00.000-03:002012-10-18T22:54:00.295-03:00Midnight city<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/dX3k_QDnzHE" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-73100952325640715322012-10-17T22:35:00.001-03:002012-10-17T22:40:18.460-03:00Um velho encontro com ela<br />
<div style="color: #353535; font-family: Georgia, 'Times New Roman', sans-serif; font-size: 14px; letter-spacing: 2px; line-height: 27px; padding-bottom: 0px; text-align: justify;">
“Não é tão simples como parece. Aquele pensamento transcende, vai além. Os lábios dela falam por si, quase tocam os meus e, os pensamentos tão frustrados se encontram com os lábios dela, carnudos, vermelhos na cor do sangue. Frustrante eu fico no decair da noite, não a tenho mais, mas tenho os pensamentos, os encontros representativos. Os lábios vibram e aquele sorriso sobe, não muito… aos poucos a memória dela ressurge. Era só ela, só aqueles lábios e aquele sorriso demoníaco que me agradava, o resto era desconsiderado. Seria ignorância abandonar tanta beleza assim?</div>
<div style="color: #353535; font-family: Georgia, 'Times New Roman', sans-serif; font-size: 14px; letter-spacing: 2px; line-height: 27px; padding-bottom: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #353535; font-family: Georgia, 'Times New Roman', sans-serif; font-size: 14px; letter-spacing: 2px; line-height: 27px; padding-bottom: 0px; text-align: justify;">
A vida passa, o tempo corroí o coração, os pensamentos amadurecem e aquela imagem, não muito distante, continua em minha alma. Dádiva ou maldição? Um velho encontro com ela que os pensamentos me trazem…Frio, distância, amargura, frustração, solidão, mas mais que tudo isso, ela me leva ao novo, a criação destruidora. Algo novo surge no amor, não sei muito bem o que é, mas é um velho-novo encontro.” </div>
<div style="color: #353535; font-family: Georgia, 'Times New Roman', sans-serif; font-size: 14px; letter-spacing: 2px; line-height: 27px; padding-bottom: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #353535; font-family: Georgia, 'Times New Roman', sans-serif; font-size: 14px; letter-spacing: 2px; line-height: 27px; padding-bottom: 0px; text-align: justify;">
<b>F.M.Ogata - Lobo Larsen</b></div>
<br />
<br />
<br />Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-13259975128671488692012-10-14T13:42:00.000-03:002012-10-14T13:42:36.658-03:00Todas as Cartas de Amor são Ridículas<br />
<div class="fr0" style="background-color: white; background-image: url(http://pnsdr.com/img/comllas.gif); background-position: 0% 0%; background-repeat: no-repeat no-repeat; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; padding: 0px 10px 0px 40px;">
Todas as cartas de amor são<br />
Ridículas.<br />
Não seriam cartas de amor se não fossem<br />
Ridículas.<br />
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,<br />
Como as outras,<br />
Ridículas.<br />
<br />
As cartas de amor, se há amor,<br />
Têm de ser<br />
Ridículas.<br />
<br />
Mas, afinal,<br />
Só as criaturas que nunca escreveram<br />
Cartas de amor<br />
É que são<br />
Ridículas.<br />
<br />
Quem me dera no tempo em que escrevia<br />
Sem dar por isso<br />
Cartas de amor<br />
Ridículas.<br />
<br />
A verdade é que hoje<br />
As minhas memórias<br />
Dessas cartas de amor<br />
É que são<br />
Ridículas.<br />
<br />
(Todas as palavras esdrúxulas,<br />
Como os sentimentos esdrúxulos,<br />
São naturalmente<br />
Ridículas.)</div>
<i class="aut" style="background-color: white; display: block; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22px; margin: 0px; padding: 2px 0px 2px 35px;">Álvaro de Campos</i>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-26458384488617212412012-10-04T21:40:00.000-03:002012-10-04T21:41:09.062-03:00Pensamento de rua- Eduardo Marinho<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/nIOts0hHfTc" width="560"></iframe><br />
<br />
Não sei muito sobre esse pensador, nem se é formado em filosofia, ou estudou filosofia, mas seu pensamento no fundo tem um toque Socrático e, embora não concorde com tudo que ele falou, acredito que vale a pena ver.Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7192672801222043003.post-5928014128706407512012-09-30T19:04:00.000-03:002012-09-30T19:06:27.304-03:00Um homem incomodado (2006)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE-BlHWcurJVVcH-P2MrGsHLessbIExQPuIEZyDfFdRZXAZbhw3wfHzDs1VVdrzY7Zphjobbb4_p4uLD-cMLaEjmAVyCEQCGKAbwEwffaKjWBUj3sEFNmNzV3FG8jYnOuBUuWYbyrMeek/s1600/tbm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE-BlHWcurJVVcH-P2MrGsHLessbIExQPuIEZyDfFdRZXAZbhw3wfHzDs1VVdrzY7Zphjobbb4_p4uLD-cMLaEjmAVyCEQCGKAbwEwffaKjWBUj3sEFNmNzV3FG8jYnOuBUuWYbyrMeek/s640/tbm.jpg" width="475" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De tempos em tempos vemos algum filme notável. Mas "notável" seria pouco para caracterizar um filme como "um homem incomodado". The Bothersome man é uma obra interessante e no mínimo curiosa. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Filme de Jens Lien, 2006, apresenta na aparência uma comédia com tons de drama e ficção, mas na realidade, o longa aborda, ao meu ver, questões filosóficas profundas, como: vida após a morte, o mito da caverna de Platão, a sociedade apática de Adorno, o homem mundano e seus desejos, a felicidade e enfim, a sensibilidade do ser humano. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não é só por questões filosóficas que o filme merece destaque, mas também pela bela imagem, a atuação dos atores, o enredo curioso, roteiro excelente, trilha sonora envolvente, etc,. Assim como o longa trabalha com a filosofia no pano de fundo, há também uma certa ironia, um certo humor que deixa o longa gostoso de ver. Quando começamos a ver sentimos aquele toque de curiosidade, questionamento que o filme nos faz. Como se o filme tirasse nossa parcela de apatia, para nos deixar sensíveis e filósofos, e porquê ele faz isso? justamente por que a história tem uma característica diferente, curiosa. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não vou mais descrever sobre o filme, talvez estrague o prazer de ver sem saber do que se trata, mas, em suma, é um longa que recomendo. Não só por questões filosóficas, como também por ser uma obra digna do cinema. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a arte pensa por sensações, com certeza, esse filme é uma obra de arte, mas também, um "martelo" filosófico, um encontro com um homem incomodado serve de lição para cinéfilos, filósofos, intelectuais em geral. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Para ser indivíduo é preciso não ser cômodo com as situações banais. Um homem que uma vez não questionou, não seu incomodou, matou milhares de pessoas no período nazista."</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ogata Larsen- F.M.Ogata</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://laranjapsicodelicafilmes.blogspot.com.br/2012/08/o-homem-incomodado-2006.html" target="_blank">Download</a></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/dsR8CSZmkqY" width="640"></iframe>Lobo Larsenhttp://www.blogger.com/profile/18013661834355745331noreply@blogger.com2