• Título Original: The Elephant Man
• Direção: David Lynch
• Roteiro: Christopher De Vore (roteiro), Eric Bergren (roteiro), David Lynch (roteiro), Sir Frederick Treves (livro), Ashley Montagu (livro)
Crítica:
Segundo Aristóteles, a palavra “Espanto” seria o principio da filosofia, isso é, a indagação perante ao senso comum, espantar-nos e indagarmos, ou seja, em outras palavras, ter um pensamento crítico perante à esse mundo que nos espanta e nos assusta. O que esse filme nos trás é o “espanto”. Aquele do qual, passamos de cena em cena, nos indagando, nos angustiando, sofrendo com o personagem principal. O que esse filme nos trás é chocante, do ponto de vista subjetivo, o sentimento de ódio, de ternura,estranheza e compaixão, e de tantos e outros adjetivos para cada cena. Do ponto de vista crítico e filosófico, vemos como o ser humano pode ser cruel, decadente, e até mesmo delicado, poético e belo. O que Lynch nos trás nesse filme, ao meu ver, é uma grande crítica à sociedade, principalmente ao preconceito. Vemos de forma exata no filme, o que realmente acontece em muitos lugares: Quando algo é diferente, seja belo ou feio, é chamativo, e por isso espanta a sociedade por sair do senso comum, e a sociedade, cheia de preconceitos tem uma certa dificuldade de aceitar.E o que é alternativo, diferente, torna zombaria.
Esse é um dos filmes que mais lidam com a ontologia do ser humano. Também é um ótimo filme de drama, que nos toca de forma crítica e angustiante, considerando também que é uma história real. Triste, feliz, poético, dramático, filosófico,anti-ético, tudo junto em um só filme, que por ironia é preto e branco. Ainda conta com um elenco bom, isso é, Anthony hopkins e John Hurt.
Um dos poucos filmes, do qual podem fazer você se emocionar.
Esse filme pode ser relacionado à uma série de outros temas e abordagens, mas, confesso que limitarei à escrever apenas o que está acima, sem considerar algumas questões da psicologia social, filosofia técnica, estética e outras coisas.. justamente por ser um filme extramente emocionante, triste e belo, não alongarei mais.. seria equivocado da minha parte escrever uma crítica de alguns caracteres à algo tão profundo e artístico.
É impressionante como uma pessoa tão feia externamente, pode ser tão bela internamente. Também é de se chocar como existe na sociedade um preconceito contra o que é diferente. O espanto maior ainda é: descobrir que é uma história real e como “o homem pode ser o lobo do homem”.
“Well, I would say that if you could manage to get to the end of The Elephant Man without being moved…I don’t think you’d be someone I’d want to know” – John Hurt
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