Nome Original : Dogville

País : Dinamarca

Ano : 2003

Gênero : Drama

Sinopse : Anos 30, Dogville, um lugarejo nas Montanhas Rochosas. Grace (Nicole Kidman), uma bela desconhecida, aparece no lugar ao tentar fugir de gângsters. Com o apoio de Tom Edison (Paul Bettany), o auto-designado porta-voz da pequena comunidade, Grace é escondida pela pequena cidade e, em troca, trabalhará para eles. Fica acertado que após duas semanas ocorrerá uma votação para decidir se ela fica. Após este "período de testes" Grace é aprovada por unanimidade, mas quando a procura por ela se intensifica os moradores exigem algo mais em troca do risco de escondê-la. É quando ela descobre de modo duro que nesta cidade a bondade é algo bem relativo, pois Dogville começa a mostrar seus dentes. No entanto Grace carrega um segredo, que pode ser muito perigoso para a cidade.


Crítica : Com três horas de duração , "Dogville" faz o tempo passar rápido com as chocantes cenas.

Desde que o movimento dinamarquês Dogma 95 foi criado , são poucos os filmes que respeitam todas as regras. "Dogville" não é diferente , possui trilha sonora , iluminação artificial , armas e outros meios que não poderiam ser usados no movimento cinematográfico criado pelo próprio Lars Von Trier. O filme é dividido em nove capítulos e um prólogo , não deixa o tédio chegar em momento algum e faz o espectador ficar impressionado com as cenas fortes e chocantes. Lars Von Trier cria uma história que se passa na época da crise de 1929 , onde a ganância e a exploração , fazem de Grace (personagem principal do filme) sofrer e revoltar-se com os acontecimentos. Um filme forte e sensacional , somente o espectador que admira e curte o cinema inteligente , irá apreciar esta obra-prima. Tecnicamente o filme é fortíssimo , não erra em nada e está entre os três melhores filmes do novo século. O roteiro é fantástico , os diálogos são marcantes e ofensivos ao mesmo tempo , principalmente na conversa entre pai e filha na cena final. Além disso , a história e os personagens são bem apresentados , o filme é bem dividido , o clímax é brilhante e a locução em voz over é extraordinária. O elenco é perfeito , todos os atores fazem uma espécie de mímica , onde os personagens precisam imaginar os objetos , principalmente portas. Nicole Kidman faz um dos seus melhores trabalhos , marca a sua personagem e merecia vencer mais prêmios por sua brilhante atuação. Lauren Bacall , Paul Bettany e Patricia Clarkson são os outros destaques. O resto do elenco também é bom , são muitos os nomes. A trilha sonora barroca é ótima , bem encaixada , aumenta o clima de tensão e emoção em todos os momentos que aparece , sua função é fundamental no filme. A fotografia apresenta-se muito bem , penetra nas emoções dos personagens e coloca o espectador no papel de um bisbilhoteiro , como se estivesse testemunhando os acontecimentos. A direção de arte é diferente e genial , como se fosse uma peça teatral , o cenário é todo marcado com um tipo de giz. Além disso , habitua o espectador no local , e com a ajuda do figurino , transporta-o para a época em que se passa. Um filme com conceitos psicológicos e técnicas brilhantes , tudo o que um cinéfilo gosta. "Dogville" brilha nos seus 177 minutos e merecer ser visto por todos que entendem cinema. Até agora , o melhor filme de Lars Von Trier.

Avaliação : 4,5 de 5,0

@criticoleonardo

Leonardo Freitas de Carvalho

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